ATA DA OCTOGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
14-9-2011.
Aos quatorze dias do mês de setembro do ano de dois
mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Alceu Brasinha,
Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elias
Vidal, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste,
Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, a
senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo,
DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim,
Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Pedro Ruas, Professor
Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Toni Proença. Após, foi apregoado o
Ofício nº 816/11, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do
Executivo nº 033/11 (Processo nº 3189/11). Na ocasião, foi apregoado o
Memorando nº 151/11, firmado pela vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação
Externa do vereador Toni Proença, hoje, na solenidade abertura do XXIII
Congresso Estadual de Servidores de Câmaras Municipais do Rio Grande do Sul, às
quatorze horas, no City Hotel, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios
do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos nos dias vinte e
quatro de agosto e seis de novembro do corrente. Durante a Sessão, foram aprovadas as Atas da
Sexagésima Quarta, Sexagésima Quinta, Sexagésima Sexta, Sexagésima Sétima,
Sexagésima Oitava, Sexagésima Nona, Septuagésima, Septuagésima Primeira,
Septuagésima Segunda, Septuagésima Terceira, Septuagésima Quarta, Septuagésima
Quinta e Septuagésima Sexta Sessões Ordinárias e da Décima Terceira, Décima
Quarta, Décima Quinta, Décima Sexta, Décima Sétima e Décima Oitava Sessões
Solenes. Em
seguida, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, a senhora
Presidenta concedeu TEMPO ESPECIAL ao vereador Carlos Todeschini, que relatou
sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, nos dias trinta e
trinta e um de agosto do corrente, em reunião da Bancada Gaúcha no Congresso
Nacional, em Brasília – DF. Após, o vereador Nilo Santos formulou Requerimento
verbal, solicitando a retirada de cartaz que integra a exposição “20
Anos Gozando com Você”,
instalada no saguão deste Plenário. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Mauro Pinheiro, Fernanda Melchionna, Mauro Zacher, Pedro Ruas, este
pela oposição, Nilo Santos e João Antonio Dib, este pelo Governo. Na
oportunidade, o vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal,
solicitando cópia do pronunciamento efetuado pelo vereador Mauro Pinheiro, em
Comunicação de Líder, e a suspensão da presente Sessão para realização de
reunião conjunta de Comissões Permanentes. Às quinze horas e sete minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e dezessete minutos.
Às quinze horas e vinte minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para
a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às
dezesseis horas e cinquenta e três minutos. A seguir, a senhora Presidenta
procedeu à leitura de Requerimento de autoria da senhora Maria José da Silva e
do senhor João Ezequiel, respectivamente Diretora-Geral e Diretor Administrativo
do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre – SIMPA –, solicitando a realização
de audiência pública para debate do Projeto de Lei do Executivo nº 032/11
(Processo nº 3066/11). Às dezessete horas e seis minutos, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de
Lei do Executivo nº 025/11 (Processo nº 2435/11), o qual foi retirado da
priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão, a Requerimento verbal, aprovado,
formulado pelo vereador João Antonio Dib. Em Votação, foi aprovado o Requerimento
nº 068/11 (Processo nº 2973/11), por onze votos SIM, três votos NÃO e treze
ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo
votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Thiago Duarte, Luciano Marcantônio, Maria Celeste,
Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher e Toni Proença, votado Não os vereadores
Airto Ferronato, Luiz Braz e Reginaldo Pujol e optado pela Abstenção os
vereadores Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães,
Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Nelcir
Tessaro, Nilo Santos, Pedro Ruas, Sebastião Melo e Tarciso Flecha Negra. Em
Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº
006/11 (Processo 0825/11), após ser discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol e
Mauro Pinheiro e encaminhado à votação pela vereadora Fernanda Melchionna e
pelo vereador Nelcir Tessaro. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de
Lei do Executivo nº 006/11, por dezenove votos SIM e sete votos NÃO, em votação
nominal solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Dr.
Thiago Duarte, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario
Manfro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e
Tarciso Flecha Negra e Não os vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini,
Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon.
Foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 006/11,
por vinte e três votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Mauro
Pinheiro, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Beto
Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Fernanda
Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Professor Garcia, Reginaldo
Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 006/11, por vinte votos SIM e seis votos NÃO, em votação nominal
solicitada pela vereadora Maria Celeste, tendo votado Sim os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte,
Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Nelcir
Tessaro, Nilo Santos, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e
Toni Proença e Não os vereadores Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Maria
Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon. Na oportunidade, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Aldacir José Oliboni,
solicitando a retirada do Projeto de Lei do Legislativo nº 007/10 (Processo nº
0429/10) da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. A seguir, foi
apregoada a Emenda nº 02, de autoria do vereador Nilo Santos, Líder da Bancada
do PTB, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 071/11 (Processo nº 1971/11).
Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Haroldo de Souza,
solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 071/11. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 071/11 (Processo nº 1971/11), após ser discutido pelos
vereadores Alceu Brasinha, Tarciso Flecha Negra, Reginaldo Pujol e Nelcir
Tessaro. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 071/11, o
vereador Pedro Ruas cedeu seu tempo de discussão ao vereador Alceu Brasinha.
Foi votada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 071/11, a
qual obteve nove votos SIM, dois votos NÃO e três ABSTENÇÕES, em votação nominal
solicitada vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha,
Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Nilo Santos, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol, votado Não os vereadores
Nelcir Tessaro e Toni Proença e optado pela Abstenção os vereadores Dr. Raul
Torelly, Haroldo de Souza e Tarciso Flecha Negra, votação esta declarada nula
pela senhora Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Na
ocasião, em face de Questão de Ordem formulada pelo vereador Reginaldo Pujol, a
senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca de potencial prejudicialidade
em caso de aprovação da Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº
071/11. Às dezoito horas e dezesseis minutos, constatada a inexistência de
quórum deliberativo, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 091 e 124/11; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 002/11, discutido pelo vereador Reginaldo Pujol, e
os Projetos de Lei do Legislativo nos 090, 122, 123, 129, 134 e
099/11, este discutido pelo vereador Reginaldo Pujol. Durante a Sessão, os
vereadores Pedro Ruas, Nilo Santos, João Antonio Dib, Maria Celeste, Dr. Thiago
Duarte, Mauro Pinheiro e Nelcir Tessaro manifestaram-se acerca de assuntos
diversos. Às dezoito horas e vinte e três minutos, a senhora Presidenta
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pela vereadora Sofia Cavedon e secretariados pelos vereadores Toni Proença e
Carlos Todeschini, este como Secretário “ad hoc”. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário
e pela senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do
correio eletrônico: Atas das 64ª, 65ª, 66ª, 67ª, 68ª, 69ª, 70ª, 71ª, 72ª, 73ª,
74ª, 75ª, 76ª Sessões Ordinárias e das 13ª, 14ª, 15ª, 16ª, 17ª, 18ª Sessões
Solenes. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADAS.
O Ver.
Carlos Todeschini está com a palavra em Tempo Especial.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadores, Vereadoras; todos os presentes;
aqueles que nos assistem e os que nos acompanham aqui, venho fazer uma
prestação de contas da viagem que fiz no dia 29 de agosto, já que não tive
oportunidade de fazê-la anteriormente.
Foi uma
viagem à Câmara de Deputados, onde houve uma reunião para tratar da segunda
ponte sobre o Guaíba, assunto este que, como autor do Requerimento da Frente
Parlamentar Pró-Nova Ponte do Guaíba, estou aqui convidando todos os Vereadores
para a sua instalação, na sexta-feira, às 15h, para que façamos este debate
também na Câmara de Porto Alegre.
Este
trabalho foi iniciado pelo Ver. Ismael Heinen, mas, como ele não se encontra
mais aqui, reapresentei o Requerimento, e, assim, vamos instalar a Frente
Parlamentar Pró-Nova Ponte do Guaíba agora, dia 16, sexta-feira, às 15h, no
Plenário Ana Terra, para a qual eu convido todos os Vereadores.
A reunião
na Câmara dos Deputados, em Brasília, foi muito produtiva, porque o assunto já
está bastante detalhado, está examinado minuciosamente pelas entidades, pelo
DNIT, pela Concepa. Estavam presentes lá 25 Deputados Federais, Senadores,
Deputados Estaduais, FIERGS, Concepa, DNIT, mais um conjunto de entidades, o
Movimento Ponte do Guaíba, que é um movimento gaúcho da sociedade civil
pró-segunda ponte do Guaíba. Essa é uma obra inadiável. A ponte do Guaíba liga
a metade sul do Estado com a Capital, serve de ligação para uma parte
significativa da Região Metropolitana, faz a ligação principal com o Mercosul,
faz a ligação do sul do Rio Grande do Sul com os demais Estados do Brasil, é
uma obra cujo custo está estimado de R$ 900 milhões a R$ 1,1 bilhão, dependendo
se ela for feita com duas ou com três pistas. Essa questão é uma das que cabem
também a esta Câmara de Vereadores auxiliar na definição.
A outra
questão importante é que o traçado já foi estudado, várias alternativas foram
propostas, e a que se demonstrou tecnicamente mais adequada é aquela cuja
duplicação parte da Ilha dos Marinheiros e que chega à Rua Dona Teodora. Dali
ela se distribui para a freeway, para
o Centro de Porto Alegre e para a parte norte de Porto Alegre, via acesso
principal da Rua Dona Teodora.
Essa
obra, como eu disse antes, vai custar uma soma significativa. Há dificuldades
dos Governos, tanto do Estadual quanto do Municipal e Federal, de dispor dos
recursos. Por isso, vai ser apresentada aqui uma alternativa, pelo DNIT, para
que a obra possa ser trabalhada, e será apresentada a viabilidade de execução
para 2014. É uma obra para ser feita num prazo de dois anos, dois anos e meio,
no máximo, e que requer uma celeridade que vai impactar todas as comunidades do
Estado, mas, em especial, aquela comunidade da Zona Norte, do Projeto Entrada
da Cidade, da região do Humaitá; as comunidades de Eldorado e de Guaíba, que
sofrem cotidianamente, pois são feitos 600 içamentos da ponte por ano, causando
prejuízos significativos.
Por isso,
reforço o convite a todos os Vereadores e Vereadoras, para que estejam aqui
conosco, no Plenário Ana Terra, na sexta-feira, dia 16, às 15h, a fim de
podermos tratar desse tema e dar um passo significativo para a implementação da
ponte.
Deixo
aqui a manifestação. Assim faço o relato da minha viagem a Brasília, à Câmara
dos Deputados, da reunião que tivemos lá com os Deputados, Senadores e demais
autoridades também do Estado, da Prefeitura, do Governo do Estado; o Secretário
dos Transportes, a Secretária do Meio Ambiente, entidades da sociedade civil,
entidades privadas, e que se encaminham para essa importantíssima e fundamental
reunião que vamos realizar aqui em Porto Alegre, na próxima sexta-feira. Muito
obrigado pela atenção de todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. NILO SANTOS (Requerimento): Srª Presidente, eu venho, mais uma vez, fazer um apelo a
esta Presidência, também aos colegas e à Mesa Diretora, para que seja retirado
um banner que está exposto ali fora;
é apenas um banner, não são as fotos
do movimento. Há um banner ali que
agride as próprias crianças que vêm fazer a visitação aqui na Câmara, é
exatamente aquele que contém a foto de
uma pessoa sentada num hidrante, e lá está escrito: “20 anos gozando com você!”
Ficou um banner vulgar; vulgarizou,
inclusive, o próprio Movimento, que é um movimento que tem um grande respaldo
dentro da nossa sociedade. Então, apenas solicito essa retirada, para que não
cause nenhum tipo de escândalo. Obrigado, Srª Presidente.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nilo, está acolhido seu Requerimento. Já encaminhei o
tema ao Memorial e à Comissão de Direitos Humanos para conversar sobre o
processo, porque, se a entidade solicita a Comissão de Direitos, elabora,
encaminha, discute com o Memorial; então é importante fazer um processo
dialogado, mas está acolhida e está sendo encaminhada a sua demanda.
O Ver.
Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MAURO PINHEIRO: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras;
público que nos assiste pelo Canal 16; público nas galerias, venho aqui, nesta
fala em Liderança, Ver. João Antonio Dib, para falar que a nossa Bancada do
Partido dos Trabalhadores, Ver. Carlos Todeschini, tem ajudado e muito o
Governo Municipal, porque, sempre que subimos a esta tribuna, fazemos as
críticas necessárias ao Governo, mas pontuando questões que, logo ali na frente,
o Prefeito vai investigando e vendo que estamos corretos.
Neste
caso, falo da empresa Carris. Diversos Vereadores da nossa Bancada falaram dos
problemas enfrentados pela Carris, e que são vários, Ver. Carlos Todeschini.
Acompanhando a fala do Prefeito José Fortunati, ouvi que a decisão foi tomada
antes mesmo da apuração, para que fosse feita com mais clareza e com
objetividade; esperamos que assim seja, porque esse problema que ocorreu com os
ônibus da Carris, em relação à Copa do Mundo, na minha opinião, é só uma gota
d’água.
Nós já
havíamos subido a esta tribuna e falado dos diversos problemas que a Carris vem
enfrentando nos últimos tempos, por exemplo a contratação da empresa Softbus
para a compra de um software de valor
muito alto de uma empresa cujos proprietários também são donos de uma empresa
concorrente da Carris. Foi apresentado um software
por R$ 569 mil, valor muito acima do estipulado pela própria Carris. Nós
subimos a esta tribuna e fizemos a denúncia. Além disso, há outras denúncias como
a do próprio Ver. Carlos Todeschini, que está no jornal virtual Sul 21, do dia
de ontem, muito bem apresentadas, a respeito da contratação de outras empresas.
Então, só
queríamos dizer, Ver. João Dib, que nós estamos contribuindo, sim, com o
Governo, alertando-o para os problemas das diversas Secretarias, e nós
gostaríamos que o Prefeito Municipal tomasse, nas outras Secretarias, as mesmas
medidas que tomou na Carris, Verª Sofia Cavedon, porque há vários problemas
neste Governo que nós temos apontado desta tribuna. Por exemplo, na Secretaria
Municipal da Juventude, sobre a qual, inclusive, houve aqui uma CPI, nós
apresentamos um relatório, e o Tribunal de Contas abriu um inquérito para
investigar de 2005 a 2011. Gostaríamos que o Prefeito tomasse a mesma atitude
que tomou com a Carris na Secretaria da Juventude.
Também
apresentei ao Ministério Público um relatório a respeito da ciclovia da
Restinga, Ver. João Antonio Dib, uma licitação de R$ 1,5 milhão para construir
não uma ciclovia, mas uma calçada ou via que mais vai causar problema na
Restinga do que ajudar - não que eu seja contra as ciclovias; ao contrário, sou
favorável -, e gostaria que o Prefeito José Fortunati tomasse uma atitude em
relação a essa ciclovia, da mesma forma como está tomando em relação à Carris.
Também
podemos citar o problema que está acontecendo desde o convênio com a CIERGS: os projetos da Copa não estão andando.
Prefeito José Fortunati, tome uma atitude, pois os projetos da Copa estão de
mal a pior.
Gostaríamos
que o Prefeito José Fortunati, assim como tomou uma atitude com a Carris,
tomasse em relação à Srª Ana
Pellini. Onde está Ana Pellini? Onde ela está colocada? No Gabinete do
Prefeito? Na PROCEMPA?
Também
podemos citar outras questões, Ver. João Antonio Dib. A Fundação Conesul, o
Ministério Público Estadual e o TCE estão investigando essa Fundação que tem
sido contratada pela Prefeitura para a realização de concursos e contratação de
estagiários. Investigue lá, Sr. Prefeito, pois lá também há problemas!
Então, o
que nós queremos é que o nosso Prefeito Municipal tome atitude com outras
Secretarias, Verª Fernanda, assim como tomou com a Carris, porque temos
problema no DEP também, com a recuperação dos taludes do Arroio Dilúvio.
Então,
Ver. João Antonio Dib, Líder do Governo, nós subimos a esta tribuna, apontamos
os problemas e esperamos que o Prefeito tome atitudes em relação ao DEP, à
Secretaria da Juventude, à questão da ciclovia, e vamos ter um Governo melhor.
Mas há muita coisa ainda para varrer para baixo do tapete. Está difícil, Ver.
João Antonio Dib. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, além da cópia do discurso do Ver. Mauro
Pinheiro, eu queria solicitar a V. Exª que, neste momento, fosse realizada a
Reunião Conjunta das Comissões, para analisarmos o problema dos servidores.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu tenho a inscrição de Liderança do PSOL, Ver. Dib, e, na
sequência, eu vou reunir, junto com V. Exª, as Lideranças, para deliberarmos
sobre o ritmo do trabalho a ser realizado nesta tarde.
A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, colegas Vereadores, Vereadoras, eu queria,
em primeiro lugar, cumprimentar o Sindicato dos Municipários, que está aqui
presente conosco, junto com os trabalhadores da área da Saúde, que vieram
acompanhar a Sessão, justamente porque nós vivemos na cidade de Porto Alegre
uma greve na área da Saúde, que é o último recurso de uma categoria mediante o
fechamento das negociações, o descumprimento da palavra do Governo logo depois
da primeira greve conjunta de todos os profissionais municipários, prezado João
Ezequiel, quando saiu a questão do Plano de Carreira dos trabalhadores da
Saúde, e uma das pautas do Sindicato desses trabalhadores era que não houvesse
a desvinculação, a divisão das categorias da área da Saúde.
Mal
passada a greve dos trabalhadores, nós tivemos o descumprimento de duas
palavras da Prefeitura Municipal. A primeira está relacionada ao Projeto dos
médicos, que prevê a redução da carga horária e o aumento dos salários, em que
houve o descumprimento da palavra dada aos trabalhadores em greve, mesmo que
este Parlamento tenha votado a favor, porque, evidentemente, nós queremos que
os trabalhadores recebam justamente para fazer o seu trabalho e atender melhor
a população, assim como nós também queremos que todos os trabalhadores da Saúde
recebam o mesmo benefício, os mesmos direitos, como orienta a Organização
Mundial da Saúde, os Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde.
O segundo
descumprimento da palavra diz respeito à questão do próprio Plano de Carreira,
Ver. Pedro Ruas, nosso Líder, o que havia sido acordado com o Sindicato, e nós
não só vimos apenas uma reunião do GT, como vimos este Projeto que está agora
aqui, na Câmara Municipal, ser enviado no meio dos processos de negociação,
enquanto uma categoria valorosa, que atende nos postos, nos hospitais, que faz
o atendimento de saúde na ponta do Município, com muito poucos recursos para
atender a população de Porto Alegre, que estava organizada, fazendo as suas
reivindicações. Esse Projeto, que cai de paraquedas, é o contrário daquilo que
haviam pleiteado, negociado, construído e encaminhado pelo Sindicato, pelos
trabalhadores da área da Saúde.
Nós não
aceitamos a lógica, Ver. Pedro Ruas, de tentar mercantilizar tudo: a vida, a
educação e, neste caso, a Saúde; a lógica de tentar impor critérios mercadológicos
àquilo que estamos discutindo, que é a vida da população de Porto Alegre,
porque, se queremos, de fato, melhorar a qualidade do atendimento na área da
Saúde em Porto Alegre, é fundamental haver investimentos, é fundamental haver
um plano de carreira consistente, é fundamental haver salários dignos que
correspondam ao exercício cumprido pelos nossos trabalhadores municipais. É
necessário que haja concurso público para as especialidades que faltam nos
postos, é necessário haver remédios, porque, às vezes, até remédios faltam nos
postos, e a população fica lá, e são os trabalhadores que dizem que aquilo é
responsabilidade do Gestor, que raramente vai aos postos, que raramente diz,
publicamente, quem é o responsável. Aliás, a última pesquisa mostrou que a
maior preocupação dos gaúchos e, sobretudo, dos porto-alegrenses, é o
atendimento em Saúde, porque esperam anos por uma cirurgia, porque esperam
meses por um atendimento em uma especialidade, justamente pela desvalorização
do próprio Governo Municipal, pela ausência de investimentos. Ao contrário,
quando se precisa avançar e respeitar os trabalhadores, nós vemos o rompimento
das negociações e das lutas justas dessa categoria.
Evidentemente,
nós somos contra este Projeto, mas não só isso, nós não aceitamos a maneira
açodada com que o Governo quer colocá-lo na Câmara Municipal; nós não aceitamos
essa prática de patrolar todas as Bancadas, quando nem sequer saiu uma reunião
para o Plano de Carreira, que foi uma das deliberações para o final da greve
dos trabalhadores da Saúde - nem sequer isso foi implementado pelo Governo
Municipal! E tentam nos enfiar goela abaixo um Projeto que, na verdade, trata
da Saúde como uma forma de averiguação meritocrática, mercantilizando aquilo
que, para nós, é um direito constitucional, um direito da população.
Portanto,
Srª Presidente, para este Parlamento ser coerente e consequente com as suas
tratativas - o Ver. João Antonio Dib, junto com várias Lideranças Partidárias,
tentou intermediar com o Governo quando das negociações da greve -, para que
sejamos coerentes com essa postura da Câmara Municipal, nós não podemos passar
um trator para votar esse Projeto que nem sequer foi discutido com a categoria,
que nem sequer foi encaminhado no final da greve e que atenta contra um dos
principais pilares da Saúde, que é a ideia da Saúde pública de qualidade.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. MAURO ZACHER: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores;
público que nos assiste nas galerias enquanto aguarda a Reunião Conjunta das
Comissões para que se possa colocar na Ordem do Dia a votação que visa rever as
gratificações ao pessoal da Saúde; público que nos assiste pela TVCâmara, eu
escutava atentamente o belo debate que o Parlamento nos oferece, e nós
tentamos, neste debate profundo, fazer com que a Cidade avance e possa oferecer
condições para uma melhor qualidade de vida aos nossos cidadãos. É bom saber que
a população reconhece os avanços que estamos tendo aqui na Cidade, e eu poderia
citar vários deles. Que bom que estamos, aqui, diante do Simpa e de alguns
servidores do Município, porque, se há algo em que estamos tentando avançar, é
justamente na qualificação, no reconhecimento, em ganhos acima da inflação aos
nossos servidores. Que bom que estamos conseguindo avançar nesse sentido, e é
claro que isso se deve ao esforço da Secretaria da Fazenda, do próprio Prefeito
e, acima de tudo, acompanhando o crescimento econômico do País.
Ontem eu
tive a oportunidade de estar com vários conselheiros do Orçamento
Participativo, e, se há algo que este Governo tem feito, é dar uma atenção às
demanda do OP para que as demandas não fiquem apenas num caderno bonito e que
se perpetuem ano a ano, sem que a população tenha a certeza de que a conquista
daquilo que foi buscar, muitas vezes em noites frias e chuvosas, não seja
realmente efetivada.
Quero
dizer aos que nos escutam que, no ano de 2011, haverá o maior investimento na
Cidade, investimento decidido pelo Orçamento Participativo. Isso se deve também
ao esforço que a Prefeitura tem feito, por meio do Prefeito Fortunati e de seu
Secretariado, para que pudéssemos oferecer respostas a essas demandas.
Eu
poderia aqui, Verª Sofia - que está me escutando atentamente -, dizer que
conseguimos também muitas vitórias. Talvez muitos ainda não tenham sentido
efetivamente a passagem integrada, mas conversem com o trabalhador, conversem
com aqueles que usam o sistema público de transporte, e vão verificar que esse
é o avanço que nós, efetivamente, estamos oferecendo à nossa população.
Eu
poderia citar aqui muitas das obras que estamos fazendo, todas elas realmente
voltadas ao grande evento Copa do Mundo. Não posso deixar de falar nisso: a
duplicação da Rua Voluntários; a obra histórica da Av. Tronco; o metrô, que
será anunciado - tenho certeza de que a Presidente Dilma irá anunciá-lo nos
próximos dias, nesse grande pacto federativo do Governo Federal e do Governo
Estadual, que estará pagando essa conta em conjunto, principalmente nesse
esforço incansável do Prefeito Fortunati em querer trazer essa obra. Eu falaria
aqui dos avanços a tarde inteira. Vejo o esforço e o bom debate que esta Casa
está trazendo. Que bom que a oposição nos cobre e que bom que o Executivo
esteja dando respostas, porque o que todos queremos é o mesmo objetivo: poder
oferecer aos nossos servidores um plano de carreira que queremos discutir até o
final do ano, é bem verdade, mas querendo sempre avançar. A Cidade está
avançando, e as pesquisas de opinião estão mostrando o reconhecimento a uma
Gestão que tem avançado dia a dia, semana a semana, perante a opinião pública.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de
Líder, pela oposição.
O SR. PEDRO RUAS: Srª
Presidente, Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores; público que nos prestigia
com sua presença, eu tenho uma divergência respeitosa, e o Ver. Mauro Zacher
sabe disso, evidentemente, mas eu acho que a questão vai além disso, e nós
temos que ver em que ponto nós estamos, efetivamente.
A Verª
Fernanda Melchionna trouxe aqui um tema da maior relevância: as pesquisas
recentes - na verdade em todo o Brasil, não é, Vereadora? O Ver. Oliboni sabe
disso também e o Ver. Brasinha. Em todo o Brasil, a prioridade da nossa
população é a Saúde. Ontem, meu companheiro e amigo do Simpa, João Ezequiel, o
programa Profissão Repórter, matéria nacional da Globo, era sobre o caos da
Saúde no País. As pessoas estão morrendo - crianças, mulheres, homens, adultos,
idosos -, enfim, é uma tragédia a Saúde no Brasil! É um drama de Porto Alegre
também.
Dr. Raul,
que é um especialista na área, o que nos coloca numa situação especial, em
Porto Alegre, é que esse drama, em Porto Alegre, aparentemente não merece
atenção do Governo Municipal. Eu vou mais além: também não merece, no Estado, a
atenção do Governo Estadual, porque o Governo Estadual está destinando 5,4% do
Orçamento da Saúde, quando o ideal e o prometido seriam 12% - 5,4%! Mas, no
Município, de que tratamos aqui, nós vemos realmente um descaso absoluto nessa
área, e particularmente no que tange aos servidores. Eu não sei se há uma má
vontade com os servidores, eu não sei se há, de parte do Secretário Casartelli,
uma impossibilidade de diálogo. O que sei é que, na prática, funciona como um
afastamento que é, em alguns níveis, inédito na Cidade. Jamais houve, numa área
específica de tamanha relevância, como é a Saúde, a impossibilidade do diálogo
caracterizada agora na gestão Casartelli. Jamais houve! Nesse nível, nunca
aconteceu! Então, esse é um dado que nos entristece, porque é claro que a Saúde
só pode funcionar bem, mal ou mais ou menos, dependendo do operador da Saúde,
de quem formula a política e, depois, de quem opera na ponta. Ora, se quem
formula a política não dialoga com quem opera e atende a população, essa Saúde
não vai ser de boa qualidade, não tem como ser.
E mais:
nega-se o aumento de salário, qualquer tipo de reajuste minimamente digno, e
propõe-se, em contrapartida, o aumento formal, nominal e de conteúdo da carga
horária. Puxa vida, é muita coisa! Olha, é difícil, e não recebe para
conversar! Então, não aumenta a remuneração, aumenta a carga horária... Saúde é
prioridade. O servidor da Saúde não está nem em segundo lugar, está em último
lugar para debate, para conversa. Colocam ainda - aqui está o meu amigo Dr.
Afonso, do Simers -, dentro da Saúde, um problema seriíssimo, que é um agravo a
todos os servidores. Eu conversava com fisioterapeutas e enfermeiros municipais
ali em meu gabinete, há pouco, há dez minutos. Ainda colocam a questão dos
médicos, com aumento salarial, com diminuição de carga horária, como um agravo
interno para dividir a categoria!
Então, é
um conjunto de situações, Verª Fernanda, Verª Celeste, que realmente nos
colocam na obrigação de nos posicionarmos contra as medidas governamentais
municipais nesse sentido, contra o Projeto que votaremos hoje e contra todas as
medidas que, de alguma forma, sustentam a política do Governo na Saúde, porque
ele, não valorizando os servidores, não valoriza a população, que precisa da
Saúde e do servidor, e todos temos conhecimento de que ela poderia ser o boa, a
ideal, melhor do que agora. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. NILO SANTOS: Srª
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhores e senhoras,
eu até não ia me manifestar, mas decidi me manifestar, Ver. Pedro Ruas, até
para que quem, depois, assistir à reprodução desta Sessão pela TVCâmara não
fique perdido e ache que não está em Porto Alegre, porque, hoje mesmo, no
programa Polêmica, a demonstração de carinho e de respeito da população para
com o nosso Prefeito foi algo assustador para a oposição. A gente entende isso!
Com
relação aos avanços na Saúde, isso é notório, é claro. Quem não percebe que
está avançando? Quem não percebe que a Saúde melhorou? Quem não percebe que a
relação do Secretário com os municipários melhorou? Só quem não quer perceber.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. NILO SANTOS: Srª
Presidente, se é assim que dão atendimento à população na rua, eu fico
apavorado! Depois, vou começar a acreditar nas pessoas que são atendidas na
Saúde e que reclamam do atendimento, porque a falta de educação está imperando.
Não é possível esse tipo de comportamento, Srª Presidente, a ponto de a pessoa
não poder se manifestar na tribuna desta Casa.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nilo Santos, V. Exª aguarde um minuto. Peço aos
municipários que aguardem o final da manifestação do Vereador. Obrigada.
O SR. NILO SANTOS:
Já basta colocarem a minha foto ao lado do Fortunati, dizendo que eu sou não
sei o quê, que eu sou isso, que eu sou aquilo. Eu respeitei, nem abri ainda um
processo! Agora, que respeitem a minha manifestação também, por favor!
Respeitei, não é, Paulo? Tu colocaste a minha foto, mandaste e-mail para todo o mundo, e eu
respeitei, nem processei. Eu achei que tu estavas no teu direito; agora, pelo
menos me ouve. Pelo menos isso, por favor! Credo!
Ver.
Tarciso, quem não percebe a resposta desse Governo? A resposta a esse Governo
veio claramente hoje no programa que, quando lhe interessa, é usado como um
termômetro. O termômetro, hoje, sinalizou a resposta das pessoas nas ruas, Ver.
Tarciso, e uma pessoa disse: “Fortunati de novo, o melhor Governo dos últimos
50 anos.” É a manifestação popular. O que não pode é as pessoas fazerem
movimento - isso que nós não estamos no ano da eleição ainda -, porque tem
gente que, ao invés de carregar a bandeira da Saúde, Ver. Tarciso, carrega a
bandeira de Partido político no ombro. Confundem as coisas. A melhor oposição é
aquela oposição equilibrada que reconhece as qualidades do seu adversário, que
reconhece, sim, que tem os seus erros, mas que tem também as suas qualidades.
Ver.
Pedro Ruas, com relação à Saúde, nós evoluímos muito! Porto Alegre avançou
muito. A própria relação do Secretário com os servidores e com a própria
população, nisso nós conseguimos avançar, e muito. Quem não enxerga isso é
porque, infelizmente, está fazendo uma oposição político-partidária, e nada
além disso. Isso precisa ser reconhecido. Sabem qual é a música que estão
cantando, agora, pelas ruas da Cidade? “UPA, UPA, UPA, cavalinho!”, porque vai
ser UPA para todos os lados. Nunca Governo nenhum tratou a Saúde com tanto
respeito, com tanta decência como este Governo, neste momento. Nunca, nunca,
Ver. Cecchim. Era uma herança maldita! A Saúde sempre foi uma pedra no sapato,
Ver. Mauro Zacher. Sempre foi uma pedra no sapato. E agora não tem razão
nenhuma bater neste Governo - razão nenhuma! Quem tem razão para bater neste
Governo com relação à Saúde? Quem? É uma gestão transparente! O problema todo é
que nos aproximamos de uma eleição. Esse é o problema.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. NILO SANTOS: Srª
Presidente, está difícil. (Pausa.)
O que as
pessoas precisam entender é que a Saúde é tão séria, senhores e senhoras, que
não pode ser usada como uma bandeira para tentar derrubar um governo. Isso é
tão sério, que compete a todos os Partidos, a todas as Bancadas nesta Casa e a
toda a sociedade. Teve a Sollus, assim como tem servidor que está indignado
porque tem que ir lá bater ponto agora! Esse é o problema. O ponto eletrônico
atingiu muita gente. A indignação de alguns servidores é o ponto eletrônico.
Essa é a indignação, mas eu quero informar aqui que parece mentira, Ver. Nedel,
o que está acontecendo. Estão chegando e-mails
para os nossos gabinetes elogiando o ponto eletrônico, e muitos dizendo que
agora os nossos colegas vão ter que trabalhar como nós trabalhamos. São muitos,
muitos e-mails, Ver. Brasinha!
Então,
parem de usar a Saúde como bandeira político-partidária. Parem de usar! Isso é
nacional, Verª Maria Celeste; o problema da Saúde é nacional. O Governo Federal
tem condições de nos ajudar nesse problema e liberar verbas. Esse é o problema,
Verª Celeste. O nosso Governo Federal tem que investir mais na Saúde em Porto
Alegre também. O nosso Governo Federal tem que cuidar mais de Porto Alegre
também.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; meus senhores e
minhas senhoras, nós somos a síntese democrática de toda a população
porto-alegrense. Nós representamos todos, não representamos um pequeno grupo.
Nós temos a obrigação de fiscalizar, e nós fiscalizamos. Nós sabemos que, ao
longo do tempo - e eu não estou falando que são sete ou oito anos, não -, desde
a Constituição, Porto Alegre está fazendo a aplicação, mais do que a devida, na
Saúde. Portanto, que não se critique nem uma nem outra Administração. Todas,
sem exceção, gastaram na Saúde acima dos 15% da Constituição. No ano que
passou, nós gastamos 19% e, nos outros anos, já gastamos 20%, 22%. Então, não é
ao Município que cabe a responsabilidade dos desmandos da Saúde, mas sim à
União, que não deixa colocar a regulamentação da Emenda nº 29. Eu já reclamei
isso muitas vezes. Como eu já disse, nós somos a síntese democrática de todos
os cidadãos, nós não representamos um pequeno grupo; nós representamos todos. E
a Lei Orgânica diz que somos, o Legislativo e o Executivo, dois poderes
independentes e harmônicos. Eu tenho procurado estabelecer essa harmonia; eu
tenho procurado, na condição de Líder do Governo, atender a todos os lados, e
ninguém dirá que eu não os atendi. Agora, eu entendo que nós representamos a
coletividade em seu todo, e não um pequeno grupo. Nós tínhamos que votar o
Parecer da Reunião Conjunta das Comissões na segunda-feira, mas o Simpa veio
aqui, ao meu lado, e pediu que transferíssemos para. Pergunto: nós estamos
representando a Cidade ou um pequeno grupo? Isso é o que eu preciso saber. Nós
votamos, na quinta-feira passada, que nós faríamos as duas Reuniões Conjuntas
das Comissões na segunda-feira. Como foi para resolver o problema do abono,
como tinha que resolver o ressarcimento de parte dos prejuízos que os grevistas
tiveram, como se tinham acordos para cumprir, nós entendemos que seria válido
não discutir as Comissões Conjuntas na segunda-feira, para podermos votar,
inclusive em uma convocação extraordinária, o ressarcimento dos prejuízos que
tiveram os servidores.
Eu acho
que agora não há o que fazer: ou nós representamos todos e respeitamos a Lei
Orgânica, que diz que são dois poderes independentes e harmônicos, ou então nós
representamos um pequeno grupo. Eu acredito que nós somos Vereadores
responsáveis e temos dignidade e seriedade necessárias para fazer o que tem que
ser feito. Por isso eu já havia pedido a Reunião Conjunta das Comissões e
insisto agora com V. Exª, Srª Presidente, que a reunião seja feita neste
momento. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais inscritos no período de Comunicação de Líder.
Convido as Lideranças para uma reunião, em que estabeleceremos as priorizações
da tarde. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h7min.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h17min): Estão reabertos os trabalhos. Foi verificada a posição das
Comissões que devem deliberar sobre o assunto. São cinco as Comissões - CCJ,
CEFOR, CUTHAB, COSMAM e CEDECONDH - que devem dar parecer conjunto sobre o
Projeto de gratificação aos servidores da Saúde. A maioria das Comissões
manifestou-se favorável. Elas farão parte do primeiro momento desta Reunião.
O SR. PEDRO RUAS: Verª
Sofia Cavedon, na quinta-feira passada, representando o PSOL, a Verª Fernanda
Melchionna já havia manifestado a posição contrária do Partido a essa Reunião
Conjunta das Comissões. E eu, na condição de Presidente da CUTHAB, manifesto
aqui a minha posição contrária a essa Reunião. Eu sei que a minha obrigação, a
partir de agora, é reunir a Comissão e dar um informe da maioria, mas quero lhe
antecipar que a minha posição, como Presidente - vou reunir agora a Comissão -,
é contrária à realização da Reunião Conjunta aqui na Casa.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Ver. Pedro Ruas, está
registrada a sua posição. (Palmas.) Convido o Presidente da CCJ, Ver. Elói
Guimarães, para presidir a Reunião Conjunta das Comissões nesta tarde. Quero
esclarecer ao conjunto dos municipários que as Comissões tiram um parecer hoje,
que fica pronto para votar em 24 horas. Na segunda-feira, pela manhã, definimos
o dia da votação. Possivelmente será na segunda-feira, à tarde, ou na
quarta-feira que vem. Cabem, ainda, a partir da Reunião Conjunta das Comissões,
emendas de Liderança. É o que é possível colocar no processo a partir desta
Reunião de hoje, claro que se aprovado o Relatório.
Estão
suspensos os trabalhos para aguardarmos os funcionários com o material das
Comissões.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h20min.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h53min): Estão reabertos os trabalhos. Obrigada, Ver. Elói
Guimarães. Nós vamos, de imediato, retomar os trabalhos, apenas deixando claro
aos Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras que, certamente, em
qualquer outro momento, eu faria uma manifestação na tribuna sobre algumas
afirmações dos colegas Vereadores, mas não a farei, porque vamos desvirtuar a
temática. Estávamos discutindo Saúde e não abrindo o debate entre nós sobre o
Plano de Carreira e subsídios.
Apenas quero deixar claro ao
conjunto dos municipários que aqui está e aos nossos colegas funcionários da
Câmara que, ao assumir a Câmara, eu recebi a demanda dos municipários sobre a
contratação de uma assessoria para a realização do Plano de Carreira. Não há
proposta ainda dos funcionários da Câmara em relação a isso, e nós estamos
exatamente fazendo isto: contratando uma assessoria para a elaboração do Plano
de Carreira; construímos um belo acordo salarial - o Ver. Nilo Santos sabe
disso -, inclusive com aumento real, neste momento, em setembro. O Ver. Nilo
também sabe que fui precedida pelo PTB na Liderança desta Casa, o Ver. Tessaro,
e sou acompanhada do PTB na Vice-Presidência. Portanto, acho, Ver. Nilo, que
isso foi colocado de forma inadequada, mas ouço Vossa Excelência.
O SR. NILO SANTOS: Srª
Presidente, por isto mesmo, pelo fato de hoje estarmos na Vice-Presidência, é
que estou, em nome da Bancada, solicitando que seja também estabelecido um
prazo para fazer toda essa avaliação necessária - acho que precisamos, sim. Eu
estou falando isso, Srª Presidente, exatamente porque não percebo em V. Exª o
mesmo empenho que está havendo da sua parte na causa dos municipários, dos
servidores do Executivo; que esse empenho seja também voltado para os
servidores do Legislativo. É uma crítica construtiva, Srª Presidente: V. Exª ficará
marcada na história como alguém que tratou bem dessa questão do Plano de
Carreira.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nilo, eu esclareço a V. Exª que o tempo de contratação
está dependendo apenas dos colegas da Câmara, os municipários; não da direção
da Câmara. Eles estão elaborando edital de contratação da assessoria. Portanto,
nós estamos dando toda a prioridade aos funcionários da Câmara de Vereadores.
Eu
registro, Ver. Dib, que recebi do Sindicato dos Municipários, assinado pela
Maria José da Silva, Diretora-Geral do Simpa, e pelo João Ezequiel,
Diretor-Administrativo, uma solicitação, Ver. Reginaldo Pujol (Lê.): “O Simpa
vem, por meio deste, solicitar Audiência Pública para essa Casa Legislativa a
fim de debater com a sociedade o PLE nº 032/11, da Prefeitura de Porto Alegre,
que instituição a Gratificação de Incentivo à Qualidade de Gestão do Sistema
Único de Saúde e a Gratificação de Incentivo à Qualidade de Atenção no SUS aos
servidores municipários lotados e em exercício na Secretaria Municipal de
Saúde”. O Regimento inclusive determina que, quando solicitada, devemos
realizar audiência Pública. Eu gostaria que nós acordássemos a data, porque não
faz sentido fazermos uma audiência pública após a votação. Então, esta Casa
precisa tratar, inclusive com apoio no Regimento, deste pedido de audiência
pública encaminhado pelo Simpa. Aliás, é Lei Orgânica; eu gostaria que o nosso
Diretor Legislativo, Luiz Afonso, me alcançasse o artigo da Lei Orgânica que
determina que se chame a audiência pública.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidente, com o mais profundo respeito, eu não vejo como fazer uma audiência
pública. Nós vamos chamar a população porto-alegrense? Não. Não tem sentido,
não é o momento, não é certo, não é correto e não tem por que fazer audiência
pública! Nós estamos decidindo aqui em nome do povo de Porto Alegre, não é o
João Dib que quer votar; o Executivo é que mandou um Projeto que será analisado
e votado neste plenário. Já passou. Não tem sentido. Eu não consigo entender
quem eu chamaria para uma audiência pública! Não tem sentido! Eu acho que nós
não podemos concordar de maneira alguma.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib conhece bem a nossa Lei Orgânica e
sabe que a Sessão IV fala do Direito de Informação. (Lê.): “Art. 103: As
entidades de âmbito municipal, ou se não o forem, com mais de três mil
associados, poderão requerer a realização de audiência pública para
esclarecimentos sobre projetos, obras e outras matérias relativas à
administração e ao Legislativo municipais. § 1º - Fica o Poder Executivo ou
Poder Legislativo, conforme o caso, obrigado a realizar a audiência pública no
prazo de trinta dias a contar da data de entrega do requerimento.”
Portanto,
eu gostaria que nós acordássemos essa data da audiência pública para
garantirmos o debate e também a votação, mas que o debate seja anterior à
votação.
A SRA. MARIA CELESTE:
Só para reforçar a sua postura e a leitura da Lei Orgânica, Srª Presidente:
está correto, houve um pedido do Sindicato. Apenas cabe à Presidência acolher
esse pedido, e creio que podemos acordar a data conjuntamente.
Só para
esclarecer para o Ver. João Antonio Dib - eu já falei da tribuna -, eu gostaria
muito de ouvir a opinião dos trabalhadores da Saúde, dos municipários e do
Simpa sobre esse Projeto. Nós, até agora, só temos a opinião do Governo.
Obrigada.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidente, o art. 103, que V. Exª leu, diz que (Lê.): “As entidades de
âmbito municipal, ou se não o forem, com mais de três mil associados, poderão
requerer a realização de audiência pública para esclarecimentos sobre projetos,
obras e outras matérias relativas à administração e ao Legislativo municipais.”
Eu não enquadro muito bem esta matéria dentro do art. 103, mas é V. Exª que
está na presidência - eu acho que não cabe.
Aliás,
por experiência própria, eu não vi ainda audiência pública nesta Casa que
obtivesse resultado. E quando se faz audiência pública - e está o nome dizendo
-, é para ouvir o público, mas os Vereadores vão ali e falam mais, e o público
não fala. Então, eu não vejo razão nem sentido na audiência que V. Exª está
querendo propor a esta Casa.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Dib. Apenas quero esclarecer que foi
requerida nos termos do art. 103, que V. Exª, há pouco, leu. Quero lembrar V.
Exª que tivemos resultados importantes de audiências públicas. Por exemplo, no
tema dos ônibus, nós vamos ter licitação no ano que vem, nós temos um inquérito
civil público andando. A segunda passagem gratuita é resultado da mobilização.
Então, há muitos resultados. É uma forma de a população se manifestar. Ver.
Pedro Ruas.
O SR. PEDRO RUAS: Eu
quero fazer um registro, em meu nome e em nome da Verª Fernanda Melchionna, no
seguinte sentido, Presidente: pode haver Bancada que respeite tanto quanto nós
o Ver. João Dib; mais do que nós, ninguém. Nós respeitamos muito o Ver. João
Dib, mas é uma questão de opinião. A posição do Ver. João Dib é que pode não
ser útil. Nós achamos que será útil.
O
importante agora é que, com relação ao aspecto jurídico legal, a audiência
pública está requerida exatamente na forma que a Lei Orgânica prevê. Portanto,
desse ponto de vista em diante, me parece que agora é uma questão de data, de
conteúdo e de todos nós fazermos a nossa parte, para que ela seja útil e esclarecedora.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Estão manifestadas as
opiniões. Eu tenho uma Lei Orgânica a cumprir. Eu gostaria, inclusive, que
oposição e situação - por favor, Ver. Mauro, Ver. Pedro Ruas e Verª Fernanda -
construíssem uma data, óbvio, com a brevidade possível, não tão longe para
retardar, mas para viabilizar a escuta não só dos municipários, mas também da
população, que está representada no Conselho Municipal de Saúde, nas CLIS.
Então, acho que há uma organização, sim, do Sistema Único de Saúde. (Palmas.) O
Sistema Único de Saúde é o que mais tem representação social organizada, os
usuários da Saúde.
Muito
bem. Então, enquanto construímos essa data, peço a abertura do painel para a
Ordem do Dia.
O SR. PEDRO RUAS: Presidente,
há uma sugestão. A Verª Maria Celeste e eu sugerimos o dia 29 de setembro, que
fica dentro do prazo, às 19h.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Temos de construir um acordo com a base do Governo também.
O SR. PEDRO RUAS: Não,
eu explico. O Ver. João Dib, dentro do seu direito, prefere não debater o tema,
nem a data, nem o conteúdo da audiência pública. É um direito de S. Exª,
respeitamos. Então, fica a sugestão do dia 29 de setembro, às 19h - essa é a
sugestão que fazemos à Mesa.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Dia 29 é uma quinta-feira. Seria na outra quinta-feira?
O SR. PEDRO RUAS: Porque
dá tempo para a convocação, exatamente.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra. Eu preferiria
que nós tivéssemos construído isso com V. Exª, Vereador.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre
Srª Presidente, eu quero apresentar a minha discordância por entender que esse
não é um assunto para audiência pública. De qualquer forma, eu não sou os 36
Vereadores, eu sou um só, mas, por mim, eu respondo: acho que é um absurdo o
que a Câmara vai fazer, é diminuir a sua responsabilidade de representar o povo
de Porto Alegre. Eu sou obrigado a fazer este registro e não concordo, de forma
nenhuma, com a proposição feita pelo eminente Líder Pedro Ruas, que eu respeito
profundamente também, como respeito a Verª Maria Celeste, que propôs, na
tribuna, mas eu não aceito, de forma alguma - não pelo Governo, mas eu, Ver.
João Dib, não aceito. Pelo tempo que fiquei aqui, eu não posso acreditar que
essa proposta tenha sequência na Câmara Municipal.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós estamos fazendo a verificação da agenda única. Solicito
à Diretoria Legislativa que verifique para nós, e a agenda da Presidência
também está sendo verificada, para que possamos acordar essa data.
O SR. PEDRO RUAS:
Respeitando, evidentemente, a posição do ilustre Ver. João Dib, mantemos a
mesma sugestão da data de 29 de setembro, às 19h.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Daqui a alguns minutos, poderemos fechar a proposta da
data, mas faço um apelo à base do Governo Municipal para que construa essa data
junto conosco também.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h06min): Havendo quórum, passamos à
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2435/11 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 025/11, que
cria a Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego (SMTE), no âmbito da
Administração Centralizada do Executivo Municipal, estabelece suas
competências, cria cargos em comissão e funções gratificadas e dá outras
providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Mario Fraga: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável
da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 14-07-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 025/11.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, ouvindo outras Lideranças, a Liderança do
Governo pede que este Projeto seja apreciado na próxima segunda-feira.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Projeto está retirado da priorização. Agradeço a Vossa
Excelência.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
REQ.
Nº 068/11 – (Proc. nº 2973/11 – Ver. Elias Vidal) – requer Moção de
Solidariedade à Exma Srª Presidente da República Dilma Rousseff,
pelo combate à corrupção nos Ministérios dos Transportes e da Agricultura.
Obs.: encerrados os encaminhamentos.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib,
o Requerimento nº 068/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 11 votos SIM, 03 votos NÃO e 13 ABSTENÇÕES.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0825/11 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 006/11, que
desafeta próprio municipal e autoriza a permuta de áreas particulares
localizadas na Av. Francisco Silveira Bitencourt nos 455, 485, 547 e
567, por próprio municipal localizado na Av. Francisco Silveira Bitencourt,
parte de um todo maior sob o nº 455, ao lado do nº 485. Com Emendas nos
01 e 02.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e das
Emendas nos 01 e 02.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do
Dia por força do art. 81 da LOM em 10-08-11;
- discutiram a matéria os
Vereadores F. Melchionna e Engº Comassetto.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 006/11. (Pausa.) O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para discutir o PLE nº 006/11.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, vários colegas
reclamam que venho à tribuna para discutir esta matéria, mas eu estou ficando
ressabiado nesta Casa, porque a gente acaba vendo várias matérias serem
aprovadas por unanimidade, depois o Prefeito veta, e nós ficamos com dor de
cabeça aqui na Casa. Então, eu ao menos quero saber com exatidão o que estou
votando. É um Projeto de Lei do Executivo, mas que tem várias Emendas, inclusive
uma Emenda do Relator ao Projeto, que introduz várias modificações e é assinada
pelo Ver. João Antonio Dib, Relator da matéria na Comissão de Economia,
Finanças, Orçamento e do Mercosul. Ele coloca aqui várias Emendas, alterando o caput do art. 1º. Substitui o § 1º do
art. 1º; o § 2º do art. 1º; o § 3º do art. 1º, e ainda, no § 4º do art. 1º,
suprime a expressão “avaliada na data/base de março de 2010 (...)” pela
expressão “avaliada na data/base de março/2010 (...)”. É uma série de
alterações que, evidentemente, criam algumas modificações substanciais nessa
proposta originalmente encaminhada pelo Executivo e que mereceu tantas
modificações, (Lê.): “Desafeta próprio municipal e autoriza a permuta de áreas
particulares, localizadas na Av. Francisco Silveira Bitencourt, números 455,
485, 547 e 567.”
A única
explicação mais consistente que eu recebi foi a do Ver. Nelcir Tessaro, que me
disse que se trata de áreas da vila Santo Agostinho que estão sendo permutadas
por áreas na mesma vila Santo Agostinho. Então, há um equilíbrio nesse fato, e,
evidentemente, votar esta matéria, que mereceu Emenda de tamanha profundidade,
sem um discurso, sem um debate mais acurado, é algo de que estou querendo me
acautelar nesta hora, Ver. Mauro. Se toda a Casa resolver votar, como em caso
semelhante, eu voto junto. Agora, espero que, depois, não aconteçam aquelas
situações de votar, aprovar por unanimidade e depois ficarem discutindo os
vetos que vêm. Se há um posicionamento da Casa consistente neste particular,
Vereador, eu, que sou soldado de um exército só, sou único integrante da
Bancada... Houve exame aprofundado, colocação da matéria em regime do art. 81 -
obviamente as Lideranças concertaram essa situação -, e vou alertar para o
seguinte, Ver. Tessaro: na última segunda-feira, eu estive no Salão Nobre, às
11h, pontualmente. Só havia o garçom e um funcionário. Fui para o meu gabinete,
e, às 11h30min, disseram-me que iriam reunir as Lideranças! Para mim, eles
estavam saindo naquele horário. Então, eu não pude opinar preliminarmente
quando priorizaram esta matéria. Acredito que tenha havido consenso de todos os
Srs. Vereadores, e ficarei na espreita. Se, quando da votação, os senhores
entenderem de aprovar com os seus votos, aí eu posso acompanhá-los, abster-me
ou votar contra, porque eu não tive oportunidade de verificar isso. Um parecer
do Ver. João Dib, com tamanha profundidade, para mim, é um grande portfólio
para o processo, é um fato muito importante. O Ver. Dib é um homem responsável,
não daria um parecer com essa profundidade se não houvesse fundamento...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. REGINALDO PUJOL: ...que
eu vim à tribuna, tem que ser discutida e, no mínimo, esclarecida às pessoas
para poderem votar, o que eu espero devidamente até a hora da votação.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Reginaldo Pujol. Informo
aos municipários que fechamos, conforme agenda, uma audiência pública para dia
28, uma quarta-feira, às 19h30min, para discutir o Projeto de Lei. (Palmas.)
Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, solicitando a retirada de priorização do PLL nº 007/10. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MAURO PINHEIRO: Verª
Sofia, demais Vereadores e Vereadoras, eu tenho algumas restrições em relação a
este Projeto - eu até me recordei de que este Projeto já entrou e saiu de
Pauta, Ver. João Antonio Dib -, pois há uma série de questões que me deixam em
dúvida. Seguindo a linha do Ver. Reginaldo, que colocou que já aprovamos
projetos por unanimidade, os quais depois foram vetados pelo Prefeito e, como a
própria Procuradoria da Casa, Vereadores, faz uma manifestação que nos deixa em
dúvida, eu acho que este Projeto vai acabar sendo votado, de certa forma, no
atropelo, porque o interesse dessa permuta é do proprietário, e não da Prefeitura,
Ver. João Antonio Dib, inclusive a troca dos terrenos. Uma das explicações é
porque há uma previsão de traçado viário no Plano Diretor. Bom, é uma previsão
que pode ser do Plano Diretor. Isso não é um motivo. E isso está escrito pelo
próprio Procurador da Casa, no Parecer Prévio ao PLE nº 006/11 (Lê.) “Neste
ponto, é importante frisar que a simples previsão de traçado viário no Plano
Diretor (PDDUA) não é motivo por si só para aquisição das referidas áreas. É
que o Plano Diretor, como é sabido, não é um projeto executivo de obras e de
serviços públicos, mas sim um instrumento norteador de futuros empreendimentos
da Prefeitura, para o racional e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade. Ou seja, o traçado viário é meramente projetado, podendo,
conforme a dinâmica que se instala na urbanização, sofrer inúmeras alterações.
De modo que a simples previsão no PDDUA não justifica a aquisição destas áreas
...”
Então, se
o próprio Procurador está falando nesses termos, eu não entendo por que nós,
Vereadores, temos que aprovar essa permuta ou troca de área de um terreno,
porque tem uma previsão, no Plano Diretor, de que esse terreno poderá ser
utilizado.
Além
disso, Ver. João Antonio Dib, a avaliação do terreno já passou de um ano, Ver.
Adeli Sell! Portanto, já estão defasadas as avaliações do terreno. Deve haver
uma nova avaliação, Ver. Reginaldo Pujol.
Esse
Projeto, na verdade, é mais de interesse particular de uma pessoa do que do
próprio Município. Eu acho bastante complicado votarmos um Projeto e aprová-lo
quando não vejo um real interesse do Município em fazer essa permuta, troca ou
aquisição desse terreno. Portanto, vou votar contrariamente ao Projeto, até
porque tenho muitas dúvidas e não quero, seguindo a linha do Ver. Reginaldo
Pujol, votar favoravelmente, e, logo adiante, ver que o Projeto será vetado ou
poderá causar um transtorno ao Município de Porto Alegre. Acredito que temos
que ter muito cuidado com as áreas públicas, Verª Fernanda, e, tendo esse
cuidado, votarei contrariamente e acho que todos os Vereadores deveriam dar uma
analisada com mais calma, com mais tranquilidade antes de votá-lo. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira discutir. Em votação o PLE nº
006/11. (Pausa.) A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar
a votação do PLE nº 006/11.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Verª Sofia, nossa Presidente, venho, muito rapidamente, em
nome do Ver. Pedro Ruas, nosso Líder do PSOL, e em meu nome, encaminhar o Projeto.
Na
verdade, há duas semanas, Ver. Mauro Pinheiro, nós fizemos um debate sobre os
próprios municipais e sobre o tamanho do terreno que está sendo permutado para
a construção da avenida. Então, de fato, não se justifica essa permuta
generosa, eu diria, porque fica uma dívida do empresário para com a Prefeitura
de Porto Alegre para uma área que nem metade dela será aproveitada na mudança
do traçado viário. Essa, para nós, é uma questão muito cara; quando entramos, a
primeira Bancada do PSOL, na Câmara Municipal, em 2009, fizemos esse debate em
relação a mais de vinte terrenos, Ver. João Antonio Dib, que foram vendidos
pelo Governo Municipal enquanto Porto Alegre tem 700 comunidades que ainda
estão em áreas irregulares; portanto, em áreas que precisam ser regularizadas,
que precisam ser registradas para terem o direito a uma série de equipamentos
públicos - de saúde, de transporte, inclusive o endereço -, ainda mais se
sabendo da quantidade de pessoas que ainda vivem em áreas de risco em nossa
Cidade. É preciso que haja uma política séria de moradia popular e habitação,
e, claro, uma das questões que sempre entram em debate, Ver. Mauro Pinheiro, é
a questão do local.
O Sr. Mauro Pinheiro: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Fernanda, muito
obrigado. Sem dizer que aquela região, onde estão localizadas as ruas das
permutas, dessas trocas, é uma região que hoje está muito valorizada e vai se
valorizar muito mais ainda com o metrô, que há de vir para aquela região.
Então, temos que ter todo o cuidado com o patrimônio público daquela região.
Muito obrigado, Vereadora.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito obrigada, Ver. Mauro Pinheiro; muito pertinente o seu
aparte, porque, infelizmente, nas zonas que estão sendo valorizadas, seja pelas
obras que estão previstas, como o metrô; seja pelo próprio peso da especulação
imobiliária, que se tem desenvolvido brutalmente no Brasil, é impressionante a
alta do preço das moradias, seja no aluguel; seja na aquisição, nós temos que
ter muito cuidado com os terrenos municipais.
Quero
concordar com V. Exª e dizer que, na segunda-feira, derrubamos
majoritariamente, com o voto de várias Bancadas da Câmara Municipal, o Veto do
Prefeito sobre as 15 áreas, Ver. Pedro Ruas, que tinham sido registradas como
Áreas de Interesse Social, o que é fundamental para a questão da moradia digna
e do exercício do direito à moradia. Nós não podemos aceitar esse tipo de
Projeto que, na verdade, abre mão de terrenos generosos, bem localizados, e, no
mínimo, me pareceu muito estranho, Ver. Pedro Ruas, que um terreno desse
tamanho seja destinado, sendo que metade dele está prevista na mudança do plano
do traçado viário. Então, de fato, na primeira olhada do Projeto, eu pensei que
havia contrabando. E acho temerário que aceitemos esta prática recorrente da
desafetação dos próprios municipais. A Prefeitura não é imobiliária, a
Prefeitura é o Estado, e, nesse sentido, tem que atender, sobretudo, a
população mais necessitada da nossa Cidade. E uma das principais questões de
Porto Alegre ainda segue sendo a luta por moradia digna. Portanto, nós dois -
Ver. Pedro Ruas, nosso Líder do PSOL, e eu - só podemos votar contra esse
Projeto.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para encaminhar a
votação do PLE nº 006/11.
O SR. NELCIR TESSARO: Srª
Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; público que nos
assiste, venho a esta tribuna, Srª Presidente, justamente para esclarecermos
dúvidas, inclusive pela fala que houve aqui, da tribuna, tanto do Ver. Mauro
quanto da Verª Fernanda.
Eu quero
dizer que estive no local, busquei o mapa de localização desse terreno.
Inclusive o recuo viário de que trata esse terreno, Ver. Mauro, já foi
realizado, já está cedido à Prefeitura, que já o executou. Não é que vá
executar no futuro, já executou, já utilizou o terreno. Num terreno que era de
4.136 metros, o recuo viário foi de 2.604 metros. Portanto, na sobra justamente
do próprio municipal, não se pode construir nada em cima. E o Município está
recebendo R$ 300 mil com que ele pode, sim, comprar imóveis para fazer
habitação social. E nós sabemos que esta Casa, e o Ver. Pedro também aprovou na
época, em dezembro, aprovou a Rua Portulaca - inclusive tem o parecer no
Processo. Por quê? Porque é uma rua que não tinha acesso, não tinha como se
fazer nada para o Município, e o Município estava negociando porque não tinha
outra utilização, a não ser para aquela finalidade confinante. Não podemos
achar que todos os terrenos em Porto Alegre são próprios para habitação. Esse
aqui fica no meio de pavilhões comerciais, não tem espaço para construção.
Aquela área que nós temos na Rua Frederico Mentz, que chamamos de beco “x”,
está ali há horas para o Município desapropriar, tem o valor R$ 650 mil para
beneficiar 180 famílias.
Então,
falta pouco. O Município pode usar esses R$ 300 mil, buscar mais R$ 150 mil e
beneficiar 180 famílias. E aqui colocaria, quem sabe lá, uma ou duas casas no
meio da parte comercial da Cidade. E também eu discordo de que isso vá ficar
próximo do metrô. Claro, pode ficar próximo, o cidadão vai ter que pegar um
ônibus para poder chegar até o metrô, mas isso, lá em 2018, quando o nosso
metrô chegar até a FIERGS, não agora. Isso aqui tem urgência, porque a
rotatória já foi feita, já está executada. Então, tem que se fazer a
regularização no Registro de Imóveis, porque o proprietário deu o terreno, mas,
na sua matrícula, consta a totalidade. A Prefeitura tem um terreninho apenas:
uma metade vai ser utilizada para o recuo, e a outra metade não tem utilidade,
porque ficou uma nesga no meio de três terrenos particulares. São quatro
terrenos particulares e um da Prefeitura no meio, que ficou pela metade. Então,
não tem solução.
Inclusive
nós sabemos que, na lei municipal, tem preferência o confrontante, o lindeiro,
para adquirir o terreno nesses casos. Não precisaríamos estar fazendo toda essa
discussão aqui, porque existe a preferência de compra pelo lindeiro. Nós apenas
estamos fazendo isso aqui porque envolve um traçado viário que nós conhecemos
muito bem, na vila Santo Agostinho, que precisa ser legalizado. Não se pode
deixar eternamente da maneira como está, irregular. Assim nós faremos com que o
Município se desonere do terreno que está lá cheio de lixo. Quem passar hoje lá
- a Verª Maria Celeste mora na região -, lá a gente vê sofás, a gente vê tudo
naquele terreno da Prefeitura, tudo! O DMLU não limpa aquele terreno, aquilo é
próprio. Nós sabemos que, todas as noites, todo o mundo desova o seu lixo onde
não deve. Assim nós vamos ter uma finalidade justa e organizaremos a Cidade.
Por isso
eu esclareço a todos, principalmente ao Ver. Pujol, que não está presente, que
isso é de interesse municipal. Ver. Pujol, eu fiz os esclarecimentos, tenho o
mapa, lhe mostro, mas é de interesse municipal. O entorno já foi doado ao
Município, e já está executada a rotatória, estamos apenas legalizando esse
imóvel.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Presidente,
Questão de Ordem. Quero lhe pedir essa Questão de Ordem, uma vez que fui convocado
pela Presidência da Casa a estar presente na reunião dos Cidadãos Honorários,
com muito orgulho, junto com o Professor Garcia, e não estava aqui quando a
Presidente, mais uma vez, passou por cima dos Vereadores da Comissão de Saúde.
Digo que foi assim na questão do minizoo, digo que foi assim na questão da
greve dos municipários. Então, eu quero, mais uma vez, manifestar minha
contrariedade a isso, uma vez que este assunto deveria ser tratado na Comissão
de Saúde e Meio Ambiente. E a Comissão de Saúde e Meio Ambiente está à
disposição para tratá-lo. Obrigado.
O SR. MAURO PINHEIRO: Qual
é o assunto?
O SR. DR. THIAGO DUARTE: O
do Projeto, o do Projeto da Saúde, do Projeto que estava aqui! Tem que ser
tratado na Comissão de Saúde, esse é o assunto!
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador, o senhor esqueceu de vir à Reunião Conjunta, o
senhor é Presidente da COSMAM, e a Saúde estava convocada.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Sim,
eu fui convocado pela Presidente da Casa a participar da reunião dos Cidadãos
Honorários. Estava presente aqui e fui convocado lá, ou a senhora nega essa
convocação?
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nego essa convocação. Nego. Não convoquei ninguém para
estar, no horário da Sessão, em reunião do Conselho dos Cidadãos Honorários.
O SR. NELCIR TESSARO: Presidente,
é intempestiva a Questão de Ordem, estamos no meio de uma votação! Após a
votação, o Vereador pode se manifestar, mas estamos no meio da votação. Questão
de Ordem é posterior à votação!
O SR. MAURO PINHEIRO: Concordo
com o Ver. Tessaro, mas quem pediu Reunião Conjunta foi o Governo, não foi a
Presidente da Câmara! Foi votado e foi aprovado pelo conjunto dos Vereadores.
Agora não dá para o Vereador que não estava presente vir aqui botar a culpa na
Presidente da Casa, Ver. Dr. Thiago! Quem pediu foi o Líder do Governo, partiu
do Governo, não da Presidência da Casa!
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Mauro Pinheiro, foi importante o
esclarecimento, mas eu também queria dizer ao Ver. Dr. Thiago, por favor, Ver.
Dr. Thiago, quanto ao minizoo, houve uma Tribuna Popular, que é agendamento
livre dos cidadãos, e nós encaminhamos à Comissão para fazer reunião, e V. Exª
fará reunião. Onde é que essa Presidência desrespeitou a Comissão com o
minizoo? Por favor, não seja injusto! E, sobre o tema da greve, idem, ibidem. Sim, Vereador, eu quero, sobre a greve, inclusive
esclarecer que nós intermediamos uma reunião na tentativa de evitar a greve,
antes da greve, e, depois, aconteceu a reunião da COSMAM. Então, não é possível...
O SR. PEDRO RUAS: Eu
me sinto na obrigação de dar um breve depoimento, porque eu votei contra a
Reunião Conjunta das Comissões, como Presidente, fui voto vencido, e não era V.
Exª que requeria, era o Governo, que tem o direito de requerer, a Liderança do
Governo, e a Reunião Conjunta, obviamente, aconteceu contra o voto de alguns
Vereadores, inclusive do meu, mas aconteceu, e não foi V. Exª que pediu. Esse é
o registro.
O SR. NILO SANTOS: Srª
Presidente, vamos votar, então?
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pela Verª Fernanda
Melchionna, a Emenda nº 01 ao PLE nº 006/11. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 19 votos SIM e 07 votos NÃO.
Em
votação nominal, por solicitação do Ver. Mauro Pinheiro, a Emenda nº 02 ao PLE
nº 006/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 23 votos SIM.
Em
votação nominal, solicitada pela Verª Maria Celeste, o PLE nº 006/11. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por
20 votos SIM e 06 votos NÃO.
Apregoo a
Emenda nº 02 ao PLL nº 071/11, de autoria do Ver. Alceu Brasinha.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1971/11 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 071/11, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que altera o caput
do art. 1º da Lei nº 10.838, de 11 de fevereiro de 2010 – que determina a
execução do Hino Nacional e do Hino Rio-Grandense nos jogos esportivos
federados de caráter nacional ou internacional realizados no Município de Porto
Alegre e dá outras providências – , dispondo sobre a execução desses hinos em
jogos esportivos federados de caráter nacional. Com Emenda nº 02.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- retirada a Emenda nº 01;
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da
LOM em 14-09-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 071/11. (Pausa.) O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra para discutir o PLL nº 071/11.
O SR. ALCEU BRASINHA:
Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, este Projeto é de
uma Lei do Ver. Nelcir Tessaro, que, no início, foi boa. Eu costumava dizer a
ele que era bonito, mas conforme o tempo foi passando, eu, que gosto de
futebol, de estar com a torcida, vi o que acontece.
Eu estive
no Zequinha, onde havia problemas, carência de som, tive que arrumar o som para
a execução do Hino. Estive lá no Estrelão, na Protásio, Haroldo, tu conheces
bem, e também tiveram problema. Quando o Hino é executado, podemos ver na
televisão que os atletas não estão nem aí, é o que a gente vê, o que acontece
num evento esportivo. Eu acho que o Hino Nacional e o Hino do Rio Grande são
coisas preciosas, têm que ser valorizados, porque é uma cultura do brasileiro.
Onde se canta o Hino Nacional, tem que se prestar atenção e ficar em posição de
sentido. Isso não acontece. Por exemplo, quando estão cantando o Hino Nacional
lá, no meu time, o Grêmio, a torcida começa a cantar o Hino Rio-Grandense. E
realmente fica desqualificado, fica banalizado, fica ridicularizado!
Claro que
eu não estou proibindo, em hipótese nenhuma, cantar o Hino Nacional e o Hino do
Rio Grande no estádio do Zequinha, no estádio do Grêmio, no estádio do
Internacional, no estádio do Porto Alegre. Não é proibido, mas é só caminhar
junto da torcida - porque eu sou sócio, conselheiro do Grêmio e eu não fico lá
sentado, eu ando pela geral, pela social, pelas cadeiras, pelos camarotes, eu
ando por tudo -, que a gente ouve comentários. Eu mesmo fui abordado várias
vezes por pessoas se queixando que não é possível o Hino Nacional ser tocado
num evento esportivo que não seja uma decisão.
No
inverno, por exemplo, Ver. Dib, o atleta entra em campo aquecido e tem que sair
jogando rápido, e ele perde de sete a dez minutos, durante o Hino e, quando vai
começar a jogar, está desaquecido.
Então, eu
quero pedir aos colegas Vereadores que prestem bem atenção: eu não estou
proibindo. Agora mesmo, eu apresentei uma Emenda que torna facultativo; o clube
que quiser, pode executar o Hino Rio-Grandense ou o Hino Nacional, não tem
problema. Eu não tenho nada contra o Projeto do Ver. Nelcir Tessaro. Ele mesmo
me mostrou que há um Projeto em Brasília que está para ser aprovado e se tornar
lei, mas, por enquanto, que se retire essa obrigatoriedade de os atletas e a
torcida cantarem. Eu não acho certo ser obrigatório cantar o Hino, se não for
num evento adequado.
O Sr. Pedro Ruas: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu me inscrevo e cedo o meu
tempo ao Ver. Brasinha, porque é capaz de, no aparte, eu terminar com o tempo
de S. Exª, que é autor do Projeto.
Eu vejo o
seguinte, Ver. Brasinha, ser facultativo cria um constrangimento às entidades.
Por quê? Os hinos têm caráter obrigatório, são oficiais, quando existe norma
nesse sentido. Ora, se V. Exª vai retirar a obrigatoriedade - é um projeto, é
uma ideia que pode ser apoiada ou não; a nossa tendência inicial é apoiar, eu
já disse -, se colocar o facultativo, vai criar um problema para as entidades.
Então, não é facultativo; claro que a entidade não é proibida de tocar o Hino,
mas o facultativo, na lei, desmoraliza o Projeto. Então, ele é para tocar em
finais ou semifinais, enfim, mas não de forma facultativa nos outros jogos,
porque o facultativo obriga a entidade a tocar, na verdade. A entidade não vai
dizer assim: “Eu não quero tocar o Hino do Rio Grande”, ou “Eu não quero tocar
o Hino do Brasil.” Não pode! Então, o facultativo é que prejudica.
Eu dei o
meu tempo para V. Exª para não ser prejudicado pelo aparte.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha continua a sua manifestação de
discussão do PLL nº 071/11, a partir deste momento, por cedência do Ver. Pedro
Ruas.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado,
Ver. Pedro Ruas. Volto a dizer que, realmente, até concordo com o Ver. Pedro
Ruas, mas o grande problema é o que eu estava falando, Ver. Elói Guimarães: as
pessoas que frequentam o estádio de futebol pedem. O Ver. Pedro Ruas também
frequenta, assim como vários outros Vereadores, mas eu frequento intensamente,
ando nos estádios, ando na torcida, ando em todos os locais, assim como o Ver.
Pujol; nós vemos as necessidades, vemos o que acontece, e as pessoas nos pedem:
“Pô, olha, não dá!” Muitas pessoas reclamam que, quando vão executar o Hino
Nacional, a torcida começa com outra música, outra cantiga.
Então, eu
acho que o Hino Nacional tem de ser tocado em locais fechados. Por exemplo,
aqui na Câmara, nós deveríamos, quando começasse a Sessão, cantar o Hino
Nacional e o do Rio Grande. Aqui, sim, concordo plenamente, tinha que ser
assim, mas aqui nós não queremos. Nós queremos a obrigatoriedade de as pessoas
cantarem lá, num estádio, num evento de futebol, que é cultura, no qual as
pessoas vão para se divertir e vão também para xingar, para dizer as coisas, e
está lá o Hino Nacional.
Então, eu
quero dizer que tenho muito respeito pelo Hino Nacional, tenho muito respeito
pelo Hino do Rio Grande, pelo qual sou apaixonado, mas peço apoio dos nobres
colegas Vereadores para que me ajudem a aprovar este Projeto, porque faz parte
da Cidade e será bom para a Cidade.
O Sr. Nilo Santos: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, eu entendo
também a dificuldade. É nós vivemos num Estado muito gelado, é um Estado frio.
Eu conversava com o Ver. Tarciso; o aquecimento que fazem dentro do vestiário,
em torno de uns 15 minutos, aquece toda a musculatura. Aí, o jogador entra em
campo e, depois, fica em formação para cantar o Hino Nacional e o Hino
Rio-Grandense. E o Hino Rio-Grandense é tão lindo, que é cantado em cima do
Hino Nacional. Parece-me que o maior problema está no tempo que os atletas têm
que esperar em formação para cantarem os hinos.
O SR. ALCEU BRASINHA:
Quero dar uma informação a Vossa Excelência. O Hino Nacional está sendo tocado,
cantado, executado pela metade; às vezes, não chega nem na metade, e isso não
pode acontecer, Ver. Dib. Se o Hino for executado, tem que ser completo, porque
o cidadão que gosta do Hino quer ouvi-lo por inteiro.
O Sr. Nilo Santos:
Ver. Brasinha, eu quero aproveitar meu aparte para fazer um apelo à própria
Brigada Militar: que diminua a entrada de maconha dentro dos estádios. É uma
vergonha aquele fedor de maconha dentro dos estádios de futebol! Aproveito o
gancho, porque, enquanto toca o hino, a fumaça de maconha vai tomando conta do
estádio. Nem isso respeitam. É um absurdo!
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado,
Ver. Nilo, pela colaboração. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
discutir o PLL nº 071/11.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras
e todos os demais que nos assistem, eu vou falar como ex-atleta e como cidadão.
Seria uma
incoerência muito grande da minha parte ser contra o nosso Hino Nacional e o
nosso Hino Rio-Grandense. Quando esses hinos são cantados, principalmente o do
Rio Grande - no Beira-Rio eu não sei, porque vou ao Olímpico -, é uma emoção
muito grande, Tessaro. Eu estaria indo contra todo o Rio Grande do Sul. Sou
mineiro, moro aqui há muitos anos e aprendi a respeitar este povo maravilhoso e
o Hino Rio-Grandense também.
Agora, eu
vou falar, Ver. Pujol, como ex-atleta. Esse assunto do Hino Nacional e do Hino
do Rio Grande do Sul, Tessaro, deveria ter partido da Federação Gaúcha, junto
com a FIFA. Vocês, que não jogaram futebol, têm uma noção mais ou menos. Nós
temos, dentro do Grêmio, uma sala de aquecimento com grama artificial, em que
os jogadores se aquecem, de maneira forte, de 15 a 18 minutos, e, principalmente
aqui no Rio Grande do Sul, onde temos uma temperatura muito baixa, bastam três
minutos para o jogador perder esse aquecimento.
Poderíamos,
de outra parte, Brasinha, propor que os jogadores entrassem no campo um pouco
antes, cantassem o Hino Nacional, e a arbitragem poderia dar mais cinco minutos
para que os jogadores pudessem se movimentar e reaquecer, Pujol, para jogarem o
seu futebol.
Agora, o
que não pode é o Hino Nacional - Brasinha, eu sinto muito, tu és meu amigão, eu
estou sempre contigo - e o Hino do Rio Grande do Sul serem cortados! Nós vamos
ter de dar uma explicação muito grande não só para o torcedor, mas para o povo
todo do Rio Grande do Sul.
Então,
Presidente, eu fico triste de não poder atender o meu amigão, o Brasinha,
porque eu estaria indo não só contra o Rio Grande do Sul, mas contra o Brasil,
Pujol, porque é o Hino da nossa Pátria. Obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o
PLL nº 071/11.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, ninguém desconhece o
carinho muito especial que eu tenho pelo Ver. Alceu Brasinha. Também ninguém
desconhece que eu sou, às vezes, até inoportuno, porque eu costumo me envolver
até no projeto dos outros.
Quando o
Ver. Nelcir Tessaro propôs o seu Projeto, há algum tempo, eu discuti muito
fortemente com ele, e, da nossa discussão, ainda que, naquele momento, com uma
certa contrariedade da sua parte, eu introduzi uma Emenda no Projeto, no seu
art. 1º, que é o que vigora hoje, que acrescentou as expressões “de caráter
nacional e/ou internacionais”. E não é só, Ver. Alceu Brasinha, para jogos de
futebol, é para qualquer esporte federado que exista aqui em Porto Alegre, em qualquer
competição - vôlei, caratê, judô, seja lá o que for; se for interestadual ou
nacional, Ver. Dr. Raul, está colocada a expressão. Quando essa Lei foi votada,
Ver. Haroldo, por razões que não estão devidamente esclarecidas, foi exigida a
interpretação dos hinos, começaram a ser cantados os hinos nos jogos do
campeonato estadual realizados nos Municípios do Rio Grande do Sul. E eu acho
que tudo isso ocorre por imposição de uma lei estadual, e não desta Lei que
está aqui, que deixava claro que era para os jogos interestaduais e
internacionais.
Agora, a
proposta do Ver. Brasinha, no sentido de que se retire a obrigatoriedade, tem
alguma ressonância comigo, porque eu não gosto das coisas que são obrigatórias;
a minha condição de Liberal não me permite. Mas o Ver. Nelcir Tessaro, daqui a
pouco, virá à tribuna e vai demonstrar que, nacionalmente, está ocorrendo um
regramento legislativo, de autoria de um Deputado do Democratas, que obriga, em
todo território nacional, que sejam, nessas competições interestaduais e
internacionais, executados os Hinos do Estado e da Nação. Aí, Ver. Pedro Ruas,
ao seu gosto, de forma imperativa, é obrigatório.
Como é
que estamos agora? No presente momento, se executa o exórdio do Hino Nacional,
que é uma possibilidade legal, e em várias situações é isso que ocorre. Só que
o Ver. Brasinha e os demais não conseguem ouvir o Hino Nacional, porque o
Vereador vai ao campo do Grêmio, e, quando começa o Hino Nacional, a torcida do
Rio Grande canta o Hino do Rio Grande; a torcida do Grêmio canta o Hino do Rio
Grande, e todos aqueles visitantes que nós recebemos de outros países até
pensam que esse é o Hino do Grêmio, tamanho o ardor com que nossa torcida canta
esse hino. Então, proibir cantar o Hino Rio-Grandense no Estádio Olímpico, querido
Pedro Ruas, é incitar a desobediência civil, porque, com lei ou sem lei, vai
ser cantado o Hino Rio-Grandense pela torcida do Grêmio, que adora esse hino e
fez dele até uma bandeira.
Por isso,
Ver. Tessaro, vou contribuir com o Ver. Brasinha, que faculta, e, para mim,
facultando, não proibindo, está bem, porque, mesmo proibindo, vai ser cantado o
Hino do Rio-Grande, Ver. Pedro Ruas. E facultando, então, eu não preciso mais
do que isso. Deixem a minha torcida, a gloriosa torcida tricolor, cantar as glórias
do Rio Grande, porque isso nos faz felizes.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para discutir o PLL
nº 071/11; inclusive ele é autor da Lei que está sendo modificada.
O SR. NELCIR TESSARO:
Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, venho a esta
tribuna para discutir o Projeto de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que propõe a
alteração de uma Lei proposta por mim. Na época, também existia uma Lei com a
qual Ver. Haroldo de Souza colaborou, assim como o Ver. Reginaldo Pujol, com a
sua Emenda.
Eu quero
dizer que sou totalmente contrário à aprovação deste Projeto que altera a
legislação, porque os hinos, tanto o Nacional como o Rio-Grandense, quem vai ao
estádio de futebol sabe a emoção que se sente ao ouvi-los. Na semana passada,
eu estava assistindo a uma partida lá no Paraná, entre Atlético Paranaense e
Palmeiras. O Estado do Paraná também tem essa legislação, e é grande a emoção
dos torcedores do Paraná quando toca o hino do seu Estado. Aqui nesta Câmara de
Vereadores, em todas as Sessões Solenes, nós tocamos o Hino Nacional e o Hino
Rio-Grandense no seu final. Um jogo de futebol e uma Sessão Solene são
espetáculos à parte, e em todos os espetáculos nós temos os nossos hinos, tanto
aqui na Câmara de Vereadores quanto no futebol.
O minuto
de silêncio também poderia prejudicar o jogador. Quando o juiz solicita o
minuto de silêncio, também poderia prejudicar o jogador. Quando é determinado
fazer um minuto de silêncio, isso também poderia prejudicar o jogador. No
entanto, quando há a determinação de se fazer um minuto de silêncio, ele é
realizado. Então, eu acho, Ver. Haroldo de Souza, que não serão dois minutos -
eu tenho cronometrado no relógio e percebi que a execução dos dois hinos
acontece em dois minutos - que vão esfriar o jogador, porque ele sai dali, vai
correr, e o seu preparo físico acaba voltando.
Há um projeto do Deputado Lira Maia, do Democratas, o PL nº 7.903/10, que propõe a obrigatoridade da execução do hino do Estado respectivo, juntamente com o Hino Nacional, em todos os jogos de futebol oficiais realizados no território. Essa também está sendo uma preocupação lá em Brasília, pois está sendo aprovada na Câmara Federal uma obrigatoriedade de tocar os hinos dos Estados e o Hino Nacional em todos jogos. Inclusive, quando a nossa proposição de lei foi apoiada, ficou determinada a execução nas partidas de competições nacionais e internacionais. A execução dos hinos nas partidas estaduais é regrada pela Assembleia Legislativa - e eu não sei se há uma lei estadual -, mas eu vejo que, nas partidas realizadas em Caxias do Sul, as pessoas cantam os hinos. Mas isso ocorre lá por acordo dos dois times de futebol, e não por determinação de uma legislação nossa, porque a nós compete legislar somente para Porto Alegre. Se há uma lei estadual, nós não podemos interferir nessa lei estadual.
O Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nelcir Tessaro, eu votei
com V. Exª e, no dia que foi tocado lá no Grêmio, eu vim lhe dizer isso com
orgulho. Foi bom e, desde que a sua Lei foi aprovada, foi cantado por mais de
240 vezes. E eu digo isso em razão da grande virtude do Hino Nacional e do hino
do Rio Grande. E essa ideia não foi minha, as pessoas é que me abordaram na rua
e me pediram para que eu apresentasse uma lei. Então, eu, como Parlamentar,
acho que tenho obrigação de atender ao interesse do cidadão que me procura.
O SR. NELCIR TESSARO:
Eu concordo, o senhor tem todo direito de apresentar essa legislação, Ver.
Brasinha, e eu não estou discordando de Vossa Excelência, mas está havendo uma
grande preocupação dos meios de comunicação por estarem perdendo dois minutos
de propaganda. Os dois minutos de faturamento são a preocupação dos meios de
comunicação contra o Hino Rio-Grandense e o hino brasileiro! Eu quero dizer
claramente aqui: os meios de comunicação que transmitem os jogos de futebol,
Ver. Haroldo de Souza, é que estão reclamando dos hinos, porque eles estão
perdendo dois minutos preciosos, Ver. Mauro, de faturamento naquele espetáculo,
em horário nobre.
Então, eu
quero dizer que sou patriota. Eu sou catarinense, mas choro quando toca o Hino
Rio-Grandense, e continuo assim, e não é a imprensa que vai fazer eu mudar de
opinião. Muito obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o
PLL nº 071/11. (Pausa.) Ausente. Não há mais quem queira discutir.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Haroldo de Souza, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01 ao PLL nº 071/11.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Srª Presidente, um esclarecimento que entendo relevante: aprovada
a Emenda hoje, o Projeto fica prejudicado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Qual das Emendas?
O SR. REGINALDO PUJOL: A
que resta, só tem uma Emenda agora.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Agora só resta uma, a do Ver. Alceu Brasinha. Ele altera a
redação do Projeto e mantém uma parte do dispositivo. Leio a V. Exª o que muda
a Emenda nº 02, do Ver. Alceu Brasinha (Lê.): “Fica determinada a execução do
Hino Nacional em todos os jogos esportivos de caráter internacional e nos jogos
da Seleção Brasileira [Os de caráter internacional e da Seleção Brasileira] e
fica facultada a execução do Hino Rio-Grandense em todos os jogos esportivos
locais e também de caráter nacional e internacional”. Retira a obrigatoriedade.
O SR. REGINALDO PUJOL: Aprovada
essa Emenda, passa a ser esse o art. 1º. Então, o Projeto fica prejudicado. É o
que eu sempre disse, é disso que estou falando.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não exatamente prejudicado, mas alterado, fica modificado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro Ruas, a
Emenda nº 02 ao PLL nº 071/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Quatorze
Vereadores presentes, não há quórum.
Quero
esclarecer que o Ver. Garcia havia feito um comentário comigo, não havia se inscrito,
está presente no plenário.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 18h16min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2317/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 091/11, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que proíbe o plantio, o cultivo e a exposição de vegetais
tóxicos em logradouros e equipamentos públicos e em locais de circulação de
consumidores em estabelecimentos comerciais. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 2863/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 124/11, de autoria do
Ver. Mario Manfro, que
denomina Rua Jaquirana o logradouro não cadastrado conhecido como Beco Um – Rua
Lauro Rodrigues –, localizado no Bairro Rubem Berta.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2849/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 123/11, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que
inclui a efeméride Dia do Grenal no
Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza
e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no dia 18 de
julho.
PROC.
Nº 3038/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 134/11, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que
denomina Rua David Dubin o logradouro público cadastrado conhecido como Beco D
– Vila Santa Rita –, localizado no Bairro Santa Tereza.
PROC.
Nº 2291/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 090/11, de autoria do
Ver. Airto Ferronato, que
altera o art. 13 e inclui arts. 6º-A e 16-A na Lei nº 5.738, de 7 de janeiro de
1986, alterada pela Lei nº 6.602, de 7 de maio de 1990, determinando a
utilização de jaleco por guardadores de veículos automotores no exercício de
suas atividades e dando outras providências.
PROC.
Nº 2427/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 099/11, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que
inclui a efeméride Dia do Feirante no
Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e
organiza e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no dia
25 de agosto.
PROC.
Nº 2828/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 122/11, de autoria do
Ver. Aldacir José Oliboni, que
inclui a efeméride Dia do Motoboy no
Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e
organiza e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no dia
27 de julho.
PROC.
Nº 2953/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 129/11, de autoria do
Ver. Nelcir Tessaro, que
denomina Rua Elpídio Santos dos Santos o logradouro não cadastrado conhecido
como Rua I – Vila Operária –, localizado no Bairro Farrapos.
PROC.
Nº 3073/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 002/11, que cria o Fundo Municipal dos Direitos
Animais (FMDA) e institui seu Conselho Gestor.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a
Pauta. (Pausa.)
O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª
Presidente e Srs. Vereadores, na Pauta de hoje, as várias matérias constantes
da discussão preliminar são muito ricas. São nove Projetos: dois em 1ª Sessão e
dois em 2ª Sessão. Então, eu foco mais na 2ª Sessão, na medida em que os da 1ª
Sessão, eu terei oportunidade de falar sobre eles outro dia.
Entre eles, nós encontramos um especialmente significativo, Projeto de Lei
Complementar, que cria o Fundo Municipal dos Direitos Animais e institui o seu
Conselho Gestor. É uma decorrência da Lei, Ver. Mauro Pinheiro, aprovada aqui
na Casa, da qual V. Exª foi, com muita autenticidade, o único opositor. Aliás,
foi uma atitude sua que eu só tenho a aplaudir, porque muitas vezes as pessoas
ficam constrangidas ao serem contrárias, pois ficam sozinhas, e isso gera a
unanimidade, e depois se arrependem. E eu tenho muito cuidado com as
unanimidades. As referências que eu faço a V. Exª, no particular, é tão somente
para consignar, inclusive, o meu respeito.
Então,
vê-se aqui que esta Lei, criada há pouco tempo, ainda não começou a produzir os
seus efeitos e já gera uma segunda, que é a montagem do Conselho Gestor. Muito
certamente, dada a simpatia com que o Projeto foi tratado aqui na Casa,
merecerá a sua aprovação, o que não quer dizer que a gente não esclareça na profundidade
quais seus reais objetivos.
Idêntica
sorte, Ver. Mauro Pinheiro, acho que tem seguir o seu Projeto também, que
merece o aprofundamento, quando V. Exª inclui o Dia do Feirante no Anexo à Lei
nº 10.904, de 31 de maio de 2010 -
que institui o Calendário da Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre e organiza e revoga a legislação sobre o tema -, e
alterações posteriores, no dia 25 de agosto.
Ora,
lamentavelmente alguns Vereadores não estão presentes agora, um deles eu haveria
de me dirigir pessoalmente, não irei identificar o seu nome para não parecer
que eu queira registrar a sua ausência. Mas, há pouco tempo, com profundas
resistências da minha parte, foi revogada uma série de leis sob o pretexto de
se fazer um enxugamento na legislação municipal, e elegeram algumas que foram
revitalizadas nesse calendário e deixaram à margem outras tantas. Ora, esse
enxugamento, Ver. Mauro Pinheiro, tem-se mostrado inócuo desde a vigência da
Lei que introduziu o Calendário até a presente data. Por quê? Eu diria que não
passa um mês sem que duas ou três novas propostas de inclusão de datas
especiais sejam introduzidas no calendário do Município.
Então,
Srª Presidente, o objetivo pelo qual eu me manifesto nesse sentido é que eu
estou numa cruzada, a cruzada de resistência a essa tendência que, de uns
tempos a essa data, se introduziu aqui na Casa, que a gente busca revogar em
massa leis que estão produzindo, de uma forma ou de outra, os seus efeitos. Uma
delas era chamada de “lei autorizativa”, que se fez até um precedente
legislativo, e a situação não se alterou em nada. Então, dentro da cruzada,
Ver. Mauro Pinheiro, eu não estou entrando no mérito da sua proposta; acho que
está muito correto, é uma forma de se prestigiar as várias atividades que aqui
ocorrem, no seu caso aqui, o feirante. V. Exª é comerciante, tem que prestigiar
a sua categoria, e o feirante é, excepcionalmente, o primeiro dos comerciantes
na Cidade na área de gêneros alimentícios, porque não se tinham supermercados,
a Campal não tinha surgido, não tinha surgido nenhum supermercado em Porto
Alegre, e os feirantes já iam às ruas da Cidade levar o alimento, levar o
produto, facilitar a aquisição por parte do consumidor. O seu Projeto vai ter o
meu apoio. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Cumprida a nossa discussão preliminar de Pauta, eu agradeço
a presença dos Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, lembrando que hoje
fizemos um grande debate sobre o tema da Saúde e encaminhamos uma escuta da
população na forma de audiência pública para o dia 28 deste mês, para garantir
que os municipários e a sociedade possam discutir esse novo Projeto que vai
impactar a Saúde da cidade de Porto Alegre. Boa-noite, bom descanso a todos.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h23min.)
* * * * *